Sativa Callabis
Meu nome é Sativa Callabis e eu vim pra fazer a sua cabeça...
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
A 2a torre.. muito espinho pra pouca flor...
Navegamos por um rio vermelho de sangue. Fomos atacados pelos elfos amaldiçoados dessa floresta, que bebe a dor de seus moradores distorcidos. Depois que as margens se tornaram estreitas demais para a navegação, sempre para oeste, encalhamos. O menino Aang, que nos guiara até ali, havia sobrevivido à dor de envolver sua magia nas plantas doentes do lugar. Mesmo corroído pela dor, o garoto mostrou que é um verdadeiro homem.
Foi então que encontramos o guardião. Ao contrário dos outros elfos, ele não intentou nos destruir e nos guiou até a torre de madeira, como se sempre houvesse esperado por nós. Aparentemente, o coração daquelas matas de sangue é o centro de todo esse caos hediondo.. onde mais poderia estar nosso destino?
Passamos por uma serena lagoa feita das águas rubras, onde haviam outros guardiões, embore nenhum parece ter tanto nome quanto aquele que nos guiava. Ele reconheceu minha família e sabia muito bem quem eu era. Ao cruzarmos duas estátuas, ele nos disse que não haveria mais volta e defesa contra o câncer que por ali se espalhava. Nossos corações deviam se preparar, pois nossos olhos os fariam sofrer.
Não demorou para que fossemos atacados por aquilo que outrora deve ter assemelhado-se a animais. Suas formas eram horrendas, deformadas, repletas de protuberâncias compridas e pontiagudas, além das presas e garras desproporcionais. Curiosamente, não prestaram qualquer atenção ao guardião, que também não se envolveu. Caíram sobre nós sem demora e nós resistimos, como sempre.
Aqui estamos diante da segunda torre. É hora de entrar..
- Cerrrto, gata.. mas cadê a porrrta?
domingo, 25 de setembro de 2011
Uma verdade inconveniente...
Foram 7 longos dias de viagem, montados naquelas criaturas, as Tundra Beasts, que surgiram do nada, como os seres enviados pelas Paixões nos mitos antigos para auxiliarem os heróis. Eu viajei junto a Drake, meu amado líder.. quero dizer.. nosso destemido líder. Ouso dizer que foram dias despreocupados esses, pois somente ao fim deles avistamos a descomunal legião. Drakkas do tamanho de montanhas, barracas a perder de vista, máquinas de guerra.. a invasão teerana já havia começado. Quanto tempo tinhamos passado dentro da torre? Li'Ankh, graças aos seus conhecimentos da natureza, diazia-nos que meses haviam se passado pelos ânimos do clima.
Cuidamos de tentar passar desapercebidos pelo local, misturados à enormidade das tropas. No entanto, foi apenas graças ao desprazeroso encontro com a tal Carmem San Diego, que pudemos escapulir. Certamente, eles rumavam para Throal. Que os anões, uma vez mais, ganhassem tempo em prol da liberdade do resto do mundo.
Mais um dia e meio de viagem foi o necessário para que avistássemos as fronteiras das Matas de Sangue. Com essa vista única, que eu roguei às paixões não ser obrigada a rever, vieram também as setas dos elfos do sangue, meus irmãos corrompidos. Consegui travar diálogo e algum entendimentos com essas almas atormentadas pelas decisões errôneos da nossa.. da vossa rainha. Eles nos pediram metal em troca das informação do melhor caminho para adentrarmos. Afastamo-nos em direçã ao leste, margeando o rio Mothingale até avistarmos a cidade de Kaer Eidolon, um notório entreposto de contrabando t'skrang-élfico.
Conseguimos nos infiltrar no kaer, mas logo um novo acontecimento mudou tudo. Enquanto buscavamos meios de navegar rio acima, fomos atacados por uma frota de guerreiros recém-chegada e que se proclamava senhora da situação. Azar o deles que não sabiam estarem lidando com os Caçadores de Drakkas, aqueles que derrotaram Horrores e estão destinados a salvar tudo que existe. Sem disfarçar nossa capacidade, quebramos o pau, como Drake costuma dizer. Tems agora um excelente navio, mas o coração dessas árvores que gotejam sangue élfico me atormentam...
- Calma, gata. Tá tudo cerrrto. Eu tomo conta docê...
- Não é isso, Drake. Eu venho de uma ranelle.. uma grande família nobre dos elfos.. a ranelle Callabis.. mas minha família estava entre as que abandonou essa floresta, quando a rainha rejeitou a oferta dos teeranos. Nós sabíamos das histórias de outros lugares do mundo e sabíamos que era apenas a arrogância que cegava todo o meu povo. Nós fizemos músicas em alertas, baladas, analogias, metáforas elaboradas.. triste de tudo.. fizemos até um jornalismo rasteiro e apelativo dos fatos.. e ainda assim, as outras grandes ranelles não quiseram nos ouvir. Preferiaram ater-se aos seus pequenos e vazios jogos políticos. Por fim, os da minha família são criminosos procuradíssimos, pois fomos nós que antes de todos gritamos que a rainha estava nua...
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Apocalipse Now ou como nós adoramos o cheiro de napalm pela manhã...
Se você está lendo este bilhete e não conhece o nome Sativa Callabis.. bem.. isso significa que nós falhamos.. mas pelo menos o mundo continua existindo.. talvez você seja só um zumbi comedor de miolos, mas ao menos ainda existe alguma coisa...
Se você estiver lendo e eu for a trovadora mais famosa de Barsaive.. bom.. isso será uma relíquia muito valiosa, certamente cobiçada por colecionadores e bem remunerada no museu oficial dos Caçadores de Drakas.
O importante é que eu não posso simplesmente caminhar rumo à destruição sem deixar um documento histórico a respeito.
Desde que as últimas testemunhas nos avistaram, nos estávamos nos aventurando rumo ao interior de uma misteriosa torre em Krattas. A história de nosso mago Ônix estava umbilicalmente ligada a esta misteriosa torre. Nós fomos testados por armadilhas que desafiariam as percepções dos mais fantasiosos. Magia transbordava desde as dimensões internas impossíveis de caber na torre até os perigos transcendentais que corríamos.
Curiosamente, a morte parecia incapaz de nos carregar, pois tão logo tombava o desafio, estávamos reabilitados para a próxima empreitada. Houveram runas místicas, seres elementais terríveis, afogamento e abismos sem fim. Mas como sempre.. nós perseveramos.. e nosso prêmio foi a incumbência de salvar o mundo.
Os Horrores nunca partiram realmente. Na verdade, eles não chegaram totalmente ainda.. foi isso que nos explicou o espírito do grande arquimago orc Baltazar Ratzana. Foi esse espírito atormentado quem nos descortinou a verdade:
- A criança que vocês trazem até aqui, denominada Aang Liah por suas lembranças inventadas não jazia no gelo a tão pouco tempo quanto vocês imaginam. Na verdade, sua prisão era milenar. Seu povo vivia em um caern muito antigo e primordial, que está na raiz do formação dos humanos chamados Vorst. Desde então, seus destinos estão cruzados aos dos horrores. Os experimentos arcanos épicos de outrora criaram a primeira conexão entre o nosso plano e o dos seres do caos absoluto. Os Horrores conseguiram passar e assaltar com sua destruição terrível todos os viventes. Creio que não chegaram a uma dúzia os sobreviventes, uma vez que apenas o sacrifício coletivo conseguiu expulsar as entidades nefastas de volta. Sobreviventes que portaram desde sempre os resquicíos dessa chaga sem fim.
Não foi o acaso que os reuniu, pois apenas vocês podem interromper o que se iniciou naquele dia. Os Horrores podiam ter sido expulsos, mas a passagem não foi encerrada. Os Horrores sabiam que precisavam ampliá-la para tomar todo o mundo de uma vez. De sua maneira fria e cruel, eles corroeram a fronteira entre os planos, presos à arrogância de que seu golpe seria inevitável e incomensurável. No entanto, uma vez mais, a magia e o sacrifício coletivo se mostraram armas luminosas contra as trevas do caos. Os horrores corromperam o mundo, espalharam seu câncer, mas se viram incapazes de concluir de todo a aniquilação da existência. E mais uma vez eles recuaram...
Enquanto o mundo segue crente que o perigo se foi e os jogadores voltam aos embates no teatro das guerras, os Horrores uma vez mais preparam-se para dar cabo de tudo.. e dessa vez.. a terceira vez.. tenho certeza de que eles não nos subestimarão. O tempo urge.. e a vossa missão é colossal.
As memórias do menino não passam de brincadeiras dos Horrores. As únicas coisas verdadeiras sobre ele são as marcas que carrega. Estes sinais são os símbolos da expulsão primeira dos Horrores.. são a chave que abrirá o poder das torres para vocês (essas palavras fizeram o moleque brilhar.. suas tatuagens se iluminaram - http://youtu.be/Ivx2dLcBMlk?t=1m34s). Eu irei ser vosso guia nessa empreitada e o farei através de Ônix, que já é um com esta torre.. a primeira das torres. A torre da terra...
Nessa hora, o espírito foi interrompido, porque um horror (carregado por nós até lá) nos atacou. Como o mestre mago disse.. eles não vão mais nos subestimar. A vitória foi árdua e as coisas foram ainda mais apressadas. A magia elemental da torre mesclou-se a nossos equipamentos e a nós mesmos, imbuindo-nos de um poder épico e de verdadeiros nomes. Meus camaradas anunciam os nomes de suas armas, artefatos históricos capazes de expulsar horrores e recomporem as teias da realidade...
- São cinco as torres, cada qual representante de um elemento. A próxima torre que lhes cabe é a da Madeira, no coração das Selvas de Sangue.. (e isso fez todo meu sangue élfico revirar-se nas veias..)
A magia dele nos trouxe três dias de viagem para fora de Krattas. Tudo que sabemos é que nenhum lugar mais é seguro. Nossa viagem é uma jornada incerta.. rumamos para a salvação ou para a destruição ou para ambos. De que mais precisa um herói?
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Tudo vale a pena se a alma não é pequena...
Como disse o grande trobador elfíco de outrora Fernandeliel Pessoa.. ah, o Pessoa.. mas tornando à minha epopéia. Pois que tínhamos diante dos nossos olhos as nefastas forças sombrias dos horrores. Horrores, Velior.. como eu havia lhe dito. Havia uma sombra humanóide e duas outras imensas, feitas por tentáculos colossais. Obviamente, Francis Drake, nosso destemido líder, não exitou em defender os pilares basilares da existência de toda e qualquer forma de criatura viva neste plano de existência.. assim como os demais de nós.. mas se você tivesse nos dado ouvidos, quando Li'Ankh teve as primeiras informações..
(Velior continuava de todo indiferente..)
Nós avançamos como se não houvesse amanhã.. sem retroceder nunca, render-se jamais. A bem da verdade, no entanto, o impacto inicial não foi aqueeeeele impacto inicial.. porém, todavia logo nos recuperamos da resistência inicial da força deles, mesmo que alguns estivessem paralizados..
- E você mesma, tava caída, né tia Callabis...
- Shhhh Aang... mas como eu dizia.. não fosse a sagaz Hermione, que conseguiu ativar umas runas malévolas malignas do mal e trazer o espírito urrador de Massa'han Dubba, tal qual um banshee surgido das entranhas do portal. A chegada do espírito de nosso falecido camarada não só reavivou nossas chances, paralizando nossos nêmesis. A força deles era grande e logo chegaram mais doze zumbis pelo portal.. eu disse doze? Deviam ser 18... ou até mesmo 25... e sabe de onde vinham? Do cemitério.. isso mesmo. Ainda bem que o Ônix estava lá pra lídar com as runas e catalizar o poder delas, dando vazão a todo potencial do Francis.. Drake, nosso destemido líder. Mas o horror estava por lá, Hermione e Li'Ankh o viram se esgueirar nas nossas imediações. Era ele quem estava fazendo tudo isso.. preparando essa horda morta viva capaz de devorar toda Krattas. Temos de avisar a todos..
- Como eu lhes disse antes.. vocês não tem de se preocupar com isso.. (disse Velior com ar entediado..)
sábado, 21 de maio de 2011
Pulando da frigideira para o fogo...
Heróis.. e avançando... esses erámos nós, confinados nas profundezas da terra perseguidos pelos mortos. Durante mais de duas horas, nós seguimos em frente. Mesmo que deixássemos os zumbis para trás, outros vinham pelo caminho que seguíamos. Ao menos estavam em menor número e conseguimos lidar com eles sem maiores problemas. Mas ainda estávamos feridos, fudidos e mal-pagos se você bem se lembra.. conseguimos alguns minutos apenas para descançar e ao menos recuperar as forças de nossas pernas.
Hermione esgueirou-se pela frente e viu alguma espécie de portal vigiado por criaturas tocadas pelo horror. Estávamos indo na direção de Krattas e isso não cheirava nada bem...
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Sobrenatural de Almeida...
Como eu dizia.. nada ia bem. Não havíamos realizado progresso algum e apenas mais e mais criaturas nefastas avançam sobre nós. A disciplinada Li'Ankh retornou à tática de antes para conter o avanço dos zumbis, orientava todos a atacarem os zumbis que já haviam passado. Nossa coesão, no entanto, assim como nossas forças, estava indo pela fossa como um troll com desinteria.
Portusss pulou de volta no lago a fim de achar outra passagem além da que nos levara à geleca malévola-maligna do mal... isso ao menos fez a criatura ir atrás dele. Eu ainda recuperava meu fôlego amparada nos braços másculos de Francis Drake.. m.. nosso destemido líder. Todos estavam feridos, as poções findavam, mas os zumbis não. Para cada um que caía, dezenas de outro expremiam-se pelo corredor...
Mas como não há mal terrível e música ruim que não possa piorar, algo que a batedora nos disse ser um Constructo do Horror apareceu esgueirando-se pelo teto do corredor. Com seus tentáculos de trevas, ele atirava os zumbis sobre nós como se fossem pedras capazes de devorar nossas carnes. Foi ai que alguém usual como você olharia a situação e diria, está tudo acabado.. mas não nós, meus caros ouvintes.. não nós.. pois nós somos heróis, povoadores de baladas e arautos das virtudes. E sendo assim, nesses momentos derradeiros em que somos levados ao limite maior da provação, é que sobressaem e transbordam as energias nodais que articulam todas as vicissitudes do universo.. (toma fôlego..)
- Mas o que houve? - vocês perguntam.. pois eu irei lhes dizer que tal qual uma genki dama divina, nos foi enviado o aríete de nossa vitória. Numa explosão caudalosa de energia mágica bruta, ele.. sim, ele.. esta torre obsidman conhecido como Ônix, o mago. Eis que ele dilacerou os zumbis às dezenas exalando magia. A vitória parecia sorrir para nós, nos dar uma chance ímpar. O constructo estava caído à mercê, os zumbis aturdidos e caídos, mas nós continuávamos sem saída. Além disso, Hermione alertou-nos para sombrias forças próximas no plano astral.
Como diria Lionel das Montanhas.. saída rápida para a direita..
Corremos para dentro do antro vil de onde emanavam os mortos. Ônix ia pisoteando-os e libertando-os dessa prisão morta-viva. Mas como alegria de pobre dura pouco.. no meio do caminho a energia mágica acabou.. e bem, torres não são muito rápidas, não é mesmo Ônix? Os zumbis conseguiram se erguer.. uma muralha de fogo ergueu-se do outro lado.. ficamos cercados antes que terminassemos de sair do corredor e acabou-se de vez nosso fugaz alento.
Bastaram três ataques dos zumbis para desmoronar nossa torre. E agora sim.. você.. você mesmo.. você diria:
- Sobrou só a trovadora elfa para contar a história.. mas não.. indubitavelmente não, pois tão instantaneamente quanto tombava a carcaça pedregosa do nosso amigo obsidiman, emergia dele a forma ectoplasmática do nosso findado troll Massa'han Dubba. O espectro irrompeu urrando como um banshee e fazendo todos os zumbis contorcerem-se como folhas numa tempestade. Pudemos abrir caminho para que o garoto Aang apagasse as chamas com seu elemental da água. Corremos como se não houvesse amanhã companheiro.. encontramos Portusss que havia chegado ali por outro caminho.. deixamos os zumbis pra trás e avançamos.. avançamos como os heróis sempre fazem...
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Saindo da frigideira pro fogo...
Sabe quando você tem uma horda de malditos zumbis nefastos comedores de carne from hell avançando contra você, que está cercado numa caverna? Ah não, não sabe? Bem.. você é alguém de sorte, meu caro. Como me contou o grande bardo George Romero certa vez em sua balada "A Noite dos Mortos Vivos" sobre como todo um caern foi destruído dessa maneira.. cercados.. condenados a terem a carne arrancadas de seus ossos pelas bocas famintas dos mortos-vivos...
Os entraves que Li`Ankh havia criado já não mais impediam o avanço dos zumbis. Eles cambaleavam aos montes e cedo ou tarde nossos recursos findariam. Buscamos continuar ganhando tempo, mas estávamos bastante feridos. Portusss , com sua habilidades anfíbias, nadou pelo lago em busca de um caminho alternativo e voltou com esperança renovada, ainda que por ali a coisa já estava ficando mais que problemática. Ele avisou que havia outra passagem apenas acessível pela água.
Nos atiramos na água, tendo cada qual uma sorte distinta. Os mais fortes conseguiram mergulhar e chegar ao túnel. Hermione e o garoto tiveram maiores dificuldades nesse sentindo. No entanto, no outro caminho havia um estranho ser parecido com um piche vivo, que nunca era ferido, sendo apenas dividido em mais antagonistas a cada golpe. Mesmo as magias de Aang, que ali chegou envolvido em seu elemental, não o afetaram. Mais uma vez só nos restou bater em retirada.. para onde? De volta para os zumbis.. é claro.. mas você acha que as paixões deixariam essa história perder em emoção? Claro que não.. pois a geleca malévola maligna do mal conseguiu vir atrás de nós, nos atacando enquanto tentávamos voltar. Alguns começaram a se afogar, eu mesma entre eles e talvez tivesse morrido se Francis Drake, meu ama.. uhumm.. nosso destemido líder.. não tivesse cruzado as águas para insuflar vida em meus pulmões e carregar-me para a margem. Ensopados, cercados, feridos, fudidos e mal pagos nos encontrávamos.. parece até que alguém lá em cima estava de muito mau-humor...
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Malditos zumbis comedores de carne...
Dezenas. Isso para falar apenas dos visíveis. Um a um eles começaram a avançar e cair sobre nós. Horrendos, decrépitos e nefastos, traziam as energias terríveis dos horrores em suas carcaças mortas-vivas. Vinham como ondas de um mar, num indo e vindo infinito... estávamos presos pelo lago subterrâneo atrás de nós e a horda das profundezas diante de nós.
Li'Ankh pôs em prática um plano para atrasá-los. Lançou as redes embebidas em óleo que trouxeramos, as quais Aang ateou fogo com suas chamas mágicas. Isso criou um tumulto que fez as carcaças débeis debaterem-se e acumularem-se, mas não para sempre. Permitiu ao menos que nossas atenções se concentrassem nos 50 ou mais que haviam. Ainda assim, eram tantos que nossos corpos não escaparam ilesos.
Portusss e nosso destemido líder vadio Francis Drake alternavam golpes perfeitos.. o garoto usava de todo seu talento mágico.. Hermione fulminava com seus golpes furtivos.. e mesmo eu que os animara com meu canto, gastava a sorte com meu réles arco.
Cá estamos, firmes como o carvalho mais antigos de uma floresta que queima de fora para dentro. Feridos, mas ainda vivos. Castigados, mas perseverantes...
Existem dezenas de carcaças sob nossos pés e os centenas que ainda estão por vir já começam a chegar...
quinta-feira, 24 de março de 2011
The horror below...
Confinados na estalagem, sabíamos que deveríamos tomar uma atitude, mesmo sem Drake, entretido que estava com a messalina espiã. Portusss conseguiu nos convencer a ajudá-lo com a questão dos meliantes da boca de fumo, acreditando estarem envolvidos com o fantasma de Massa. Mal havíamos deixado a estalagem , no entanto, e os vimos vindo em nossa direção. Fiz uso de toda a minha empatia e subjuguei suas vontades a nos permitirem inspecionar seu território em busca de pistas. Eles obviamente concordaram compelidos a me agradar.
Chegando lá, entretanto, percebemos que havia atividade estranha. Os orcs e sua pequena tropa resolvaram tomar o controle da situação e acabaram se deparando com alguma espécie de gangue rival. O combate foi sanguinário e nos limitamos a acompanhar à distância. Quando tudo findou, fomos averiguar e encontramos diversos mortos e feridos desmaiados. Enquanto inspecionávamos tudo, fomos surpreendidos pela milícia local. Minhas credencias os colocaram a par de com quem falavam e eles levaram os poucos sobreviventes para averiguações, enquanto nós seguíamos com nossa investigação. Porém, ah porém.. nada ali parecia ter qualquer conexão com nosso falecido amigo. Retornamos desolados, mas com alguns artigos para negociações consoladoras do ponto de vista financeiro.
Nos dias subsequentes nos vimos envolvidos por tramas particulares na cidade. Eu mesma debati com Velior sobre os desígnios de Drake, bem como sobre o problema subterrâneo no cemitério que Li`Ankh relatara. Meu superior ordenou-me atenção quanto aos espiões teeranos e tranquilidade quanto aos problemas horríveis do cemitério, pois aparentemente não era nada além de rotineiros ladrões de corpos.
Li'Ankh, por sua vez, entregou-se a um exaustivo e perigoso treinamento designado por um misterioso mentor. Deitou-se com regularidade em cama de pregos, testou os limites de seus pulmões (e pescoço) enforcando-se com uma corda, bem como a firmeza do próprio couro. Nós duas testemunhamos o frenesi que apossou-se do populacho local quando a notícia do possível horror vazou.. parece que alguns nethermancers pagaram o pato. Eles estão aprisionados no momento agurdando execução. Puro panis et circencis...
Hermione, além de vender a excelente preço os artigos recém adquiridos, começou a desenvolver suas habilidades no circo onde fora com Aang. O menino, entretanto, seguia desaparecido.
Portusss pôs-se a desenvolver seus talentos boêmios e fanfarrônicos com um orc que conhecera na estalagem.
Foi apenas no sexto dia, que o mentor de nossa batedora humana reafirmou a grandiosidade do perigo que se espalhava sob a cidade, assim como nas fofocas e corações dos habitantes. Ele nos indicou um caminho antigo e secreto, cujas galerias nos guiariam até as criptas sob o cemitério. O alerta chegou-nos no mesmo momento do retorno de Drake. Ele trazia novidades sobre os piratas teeranos, dizendo ter conseguido fincar âncora em seus corações. Após informarmos Velior, partimos em busca do caminho, deixando um recado caso o garoto aparecesse na estalagem.
Qual foi nossa surpresa, após um longo dia de viagem, quando encontramos o pequeno Aang, austero com uma estátua, sentado sob a cachoeira resistindo à força de suas águas caudalosas. Os olhos do menino se abriram repentinamente e ele veio até nós, sereno como uma lagoa de águas límpidas. Ele nos falou sobre o velho anão que tomara sua tutela e prometera poderes elementais sem fim caso ele se harmonizasse com os elementos primordiais da natureza. Não havia sinal de ninguém ali, entretanto.
Foi então, que algo realmente estranho aconteceu. Hermione e nosso.. bem.. destemido líder.. saíram em disparada fugindo da cachoeira. Diziam que a alma de Massa surgiu das espumas da cachoeira para lembrá-los do mal terrível que assolava sua existência espectral. Mas nenhum de nós viu nada além do pânico desenfreado em seus olhos. Foi com esse espírito que adentramos a sinuosa gruta atrás da cachoeira.
As paredes eram estreitas e escorregadias. Tínhamos de nos expremer com dificuldade para avançar, enquanto o caminho aos poucos ia se tornando mais e mais íngreme. Por fim, verticalizou-se de todos e foi Hermione e suas asas de fada que nos avisou que a queda imensa levava até um grande lago. Nossa "descida"não foi das mais graciosas, é verdade. A isso somou-se os ataques que Hermione já sofria lá embaixo. Deparamo-nos com pequeninas criaturas, versões diminutas de winglings que emitiam uma pálida luz verde como fógos-fátuos. O combate foi terrível, pois as magias comandadas pelas criaturas eram além de nossa compreensão. Com um mero toque, eles nos paralizavam, encolhiam, cegavam ou causavam imenso dano. A água dificultava tudo.
Foi assim, quase mortos.. com Aang desmaiado.. Drake encolhido, que emergimos da lagoa, apenas para nos depararmos com uma horda.. não um grupo.. ou um batalhão.. mas uma horda de mortos-vivos à nossa espera...
quarta-feira, 16 de março de 2011
Um novo começo...
Acordamos depois da festa, cada qual com sua ressaca. O pobre Aang Liah sequer sabia o número da placa da carroça de bois que o atropelou. Eu, por minha vez, acordei envolta pelos braços salgados de Francis Drake ouvindo as batidas vindas da porta. Drake levantou-se em nenhum encanto e foi abrir, enquanto eu cobria minhas vergonhas. Do outro lado estava Dunhill que nos informou que já era hora de partir. A viagem de volta foi tranquila, não fosse o constante enjôo e os vômitos de nosso imberbe elementarista.
Quando chegamos a Kratas, uma vez mais nos separamos e despedimos do comerciante anão. Deixei meus camaradas hospedados na estalagem, enquanto ia deixar Velior a par de tudo que se passara. Já era noite, mas falei a eles que podiam cuidar de questões que desejassem. Mais tarde me avisaram das desventuras em série que se desenrolaram...
Aang, Hermione e Drake resolveram circular pela cidade em busca de oportunidade, enquanto Li`Ankh resolveu buscar algumas ervas na periferia local e Portusss preferiu permanecer na estalagem. Meu.. quero dizer.. nosso destemido líder, no entanto, logo tomou outro caminho, pois ao que tudo indica, o safa.. quero dizer.. o marinheiro dos ares foi atraído para um conluio pérfido por umazinha qualquer que cochichou para ele na primeira esquina. Hermione e Aang preferiram seguir em frente até se verem diante de um colorido, festivo e animado circo. Um homem que anunciava as atrações aos berros ofereceu acesso gratuito ao garoto e aliciou os talentos da wingling. Nossa furtiva amiga conheceu o dono do circo, um elfo chamado Garthic que ofereceu mercado para suas habilidades punguistas. O jovem humano, por sua vez, ficou bom tempo assistindo trapezistas, mágicos e malabaristas até um velho senhor anão auto-intitulado Mestre Ancião, que chegou-lhe como quem chega do nada.
Enquanto isso, Portusss aproximou-se de um orc que bebia no bar em busca do tipo de treinamento que o t`skrang sempre encontrou pelas escolas da vida. O orc, que pareceu-lhe um espadachim capacitado apenas aceitou treiná-lo caso provasse algum valor desbaratando uma boca de fumo chefiada por dois irmãos-gêmeos orcs "na quebrada mais sinistra da cidade", pra citar nosso promíscuo líder Francis Drake. O sucesso dele não foi muito digno de nota e ele retornou para pedir nossa ajuda.
Li'Ankh, nossa batedora humana, por sua vez recebeu uma sinistra mensagem de outro velho anão. Este convidou-a a encontrá-la no cemitério da cidade a fim de conferir alguma atividade horrenda que se desenrolava por lá. A visita dela realmente não foi em vão, tendo sido obrigada a cortar, queimar, esquartejar e pulverizar dezenas de mortos-vivos antes de nos trazer a notícia. Aparentemente, as criptas sob a cidade estavam lentamente sendo cooptadas por algum Horror das profundezas.
Nós talvez pudéssemos ter agido imediatamente, se Drake não tivesse nos desviado com o problema de que a meretriz aliciadora queria que ele furtasse documentos de Velior que comprometeriam a segurança de Kratas.. ao que tudo indica, ela chefiava uma missão mercenária para os Teeranos. Fomos obrigados a encenar um teatro para colocar documentos falsos nas mãos dela. Isso a fez querer treinar Drake.. conforme o planejado...
Antes, todavia, nos restava a tenebrosa história de que Drake e Hermione avistaram o fantasmas de Massa.. isso mesmo. O fantasma do heróico Massa'nah Dubba surgiu diante deles para trazer um aviso do além. Ele agonizava gemendo alertas desconexos sobre uma abominável ameaça. Apenas conseguiu inquietar a alma da wingling e de nosso nem tão destemido líder.
Nesse meio tempo, Aang sumiu.. testemunhas o avistaram deixando o circo com um velho anão. Agora aqui estamos, Li'Ankh, Hermione, Portusss e eu, com o risco de uma invasão teerana, um Horror sob a cidade, um fantasma a nos assombrar, um líder guiado pelos hormônios e uma criança desaparecida.. bons tempos em que nossos problemas eram apenas o troll...
segunda-feira, 7 de março de 2011
A morte de um Troll, o nascimento de uma lenda...
- É.. é.. é im.. impressionante, senhora Sativa.
- Senhorita..
- Oh sim.. digo.. minha mente ainda está um pouco abalada com tudo isso. Mas sou.. somos todos.. muito gratos por tudo.. se houver algo que eu possa fazer..
- Pode começar nos contando onde encontraram isso.. (e mostrei um dos cristais que havíamos apanhado..)
- Em uma mina próxima.. era o que estávamos trocando com Dunhill.. a fonte de toda a nova prosperidade da cidade.
- Nós precisamos da direção da mina, de cavalos e provisões.
- Alguma armas ajudariam.. (acrescentou nosso destemido líder Francis Drake, antes de nos prepararmos para mais uma jornada épica contra males ancestrais. Enquanto nos preparávamos, foi organizada uma série de demonstrações afim de verificar se todos estavam realmente à salvo da influência do horror. Foi preciso toda uma semana, no entanto, para estarmos aptos a partir em tal empreitada. Aproveitamos para desenvolver algumas habilidades e forjar as armas de nossos guerreiros.
A viagem foi curta e logo nossos pés cautelosos desciam pelo chão pedregoso e escorregadio da caverna, que nos conduziria ao Caern esquecido. Mais uma vez, os dados do destino ludibriaram nosso desengonçado camarada Troll, cujos pés não foram talhados para a cautela. Com um estabaco digno da posteridade, ele deslizou pelo chão carregando-nos todos com seu corpanzil.
Desnecessário acrescentar que todos os lacaios do terrível horror nos localizaram e caíram sobre nós como uma avalanche de seres disformes e incansáveis como zumbis amebóides. Nossos ataques surtiam pouco efeito e eles atacavam muito Massa'han Dubah. Ao longe, por trás deles, avançava uma besta terrível e colossal, que devorava as fileiras dos menores. Francis Drake, nosso destemido líder, cioso de suas responsabilidades para com nossa sobrevivência, passou a coordenar nosso recuo para algum ponto mais favorável, pois o campo aberto estava nos levando ao naufrágio.
Nós resistíamos como podíamos. O ser voraz que eu chamava de Bocarra devorava tudo que havia pela frente, até mesmo estalagmites e os demais lacaios do horror. Em seu primeiro ataque sobre nós, quase devorou Massa sem pestanejar, deixando-o seriamente ferido. Mesmo com um certeiro ataque surpresa de Hermione e uma magia fulminante de Aang, ele sequer balançava. Em seu ataque seguinte.. para nosso desespero.. ele engoliu nossos impávido colosso.
Gritando colérico e descontrolado, nosso destemido líder Francis Drake avançou e rasgou o couro do Bocarra com um golpe perfeito. Li`Ankh surgiu sobre ele cravando suas espadas no topo da cabeça fazendo o serviçal do horror urrar de dor. Isso abriu caminho para Portusss estuporar as defesas da criatura e lançá-la ao solo. Mas ainda haviam os Bobobs.
A fúria nos dominava ante a morte de nosso estimado troll. Rasgávamos as débeis criaturas como se fossem espantalhos em um milharal. Após o último deles cair, Li 'Ankh nos explicou que aquele era um horror menor chamado Gnasher e que andava em bandos. Drake esquartejou as entranhas atrás do corpo de Massa, mas quando o encontramos, já era tarde demais para nosso aliado. Derramamos lágrimos sobre as feridas de nosso camarada. Nunca esqueceríamos sua importância em nossa história, mas o dever nos impelia a continuar. Deixamos o carpo de Massa esperando em um lugar tranquilo pelo nosso regresso e avançamos com o peso em nossos corações.
Eu quero que todos façam silêncio
Silêncio para ouvir minha canção
Minha alma de tristeza esta chorando um rio imenso
Em luto se encontra meu coração
A morte carregou pra bem distante de nossa história
Mais um soldado da minha nação
Que as paixões lhe guardem no reino da glória
Querido cavaleiro voador, querido irmão
Ressoam as trombetas no infinito
A honra lhe estende a mão com todo amor
Os bardos estão cantando alegremente no tom mais bonito
Para receber a alma de um lutador
Você que batalhou nessa perpétua guerra
Cumprindo as leis da batalha com todo furor
Descança meu querido irmão que não mais erra
Em algum lugar livre da dor
Compus essa pequena balada para transformar nossa tristeza em força. Aang nos protegeu com sua magia de armadura de ar, enquanto Li'Ankh nos camuflava. Tornamos à cautela anterior, enquanto percorríamos as ruínas do Caern. Por ali, nossos sentidos aguçados discerniram os primeiros horrores, parecidos com o que enfrentáramos na cidade. Com ataques coordenados e precisos, o garoto Aang finalizou-o com um fumegante lança chamas. Passamos a nos guiar pelos olhar de Hermione, que conseguia divisar o perigo no plano astral, ainda que isso custasse terríveis ataques mentais sobre ela.
Um após o outro, vitimamos os pilares de energia horrivel e limpamos nosso caminho até o prédio central das ruínas do antigo Caern. Lá encontramos alguns livros, dentre eles um diário. Nele pudemos ler os relatos sobre como Rocktown sucumbira ante a infestação dos cristais, como seria o destino de Daichê não fosse nossa heróica intervenção. Recolhi todas aquelas fontes históricas antes de partirmos para melhor estudá-las no futuro.
Tomamos o caminho de volta e recolhemos o corpo de Massa'han Dubah. Foi uma volta dolorosa, pois o amargo da perda eclipsava a doçura da vitória.
Em Daichê, uma grande festividade em honra ao troll foi realizada para que seu nome fosse cantado por todos. Exigimos a construção de uma estátua lembrando a todos de seus feitos. Durante a euforia das comemorações, penso ter bebido demais, e acabei por dar vazão a alguns sentimentos que me conduziram aos lábios de Francis Drake, nosso destemido líder...
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
O Horror de Daichê...
Nos recolhemos e ocupamos dois quartos da estalagem de Daichê, aguardando para retornar com a caravana de Dunhill no dia seguinte. Eu despertei com batidas na porta e quando fui verificar, ainda sonolenta e de camisola, deparei-me com nosso destemido lider Francis Drake. Ele ficou um pouco ruborizado, mas disse-me que o menino Aang alegava estar escutando uma estranha voz. Enquanto isso, o danado do garoto desaparecera. Fui alertar Hermione e Li'Ankh e Drake seguiu em busca do jovem humano.
Quando finalmente chegamos lá embaixo, nós três encontramos Drake sendo levado por três guardas locais de maneira imperativa. Usei todos os meus talentos comunicativos, mas aparentemente os rapazes gostavam muito pouco da fruta e se mantiveram irredutíveis agarrados ao corpo másculo de nosso líder. Ele foi conduzido até a base da guarda, enquanto nós fomos compelidas a ficar. Esperamos apenas o tempo suficiente para sair furtivamente em segurança atrás deles, fazendo uso dos infindáveis talentos da humana. Isso e nenhum sinal do guri. Ao menos o troll continuava dormindo.
Quando chegamos à fortaleza onde Drake estava aprisionado, este já se encontrava liberto. Havia vencido seus captores e atribuia todo esse sucesso a uma voz que lhe oferecia poderes tremendos. Sem titubear, logo vi que não poderia ser algo bom. Meus vastos conhecimentos historiográficos, legendários, mitológicos, heráldricos e afins logo perceberam se tratar das artimanhas de algum mal terrível, inominável, malévolo, maligno do mal... um Horror. Embora meus camaradas não tivessem tanta certeza quanto eu, os convenci a retornarmos e procurar o menino, que provavelmente estava sob a influência dessa malignidade pura. (esperando ao menos não encontrá-lo novamente dentro de uma coluna de gelo).
Acabamos por encontrar o Massa caído sozinho no meio do caminho bastante ferido, o que não chagava a ser uma surpresa. Portusss e Drake uniram suas forças para arrastar a carcaça imensa, enquanto a mulherada superpoderosa seguiu em frente. Achamos Aang prestes a invadir uma casa que ele fustigara com magia. Eu usei de toda a minha lábia para trazê-lo de volta à razão, mas o elementarista precisou vitimar-se com uma coluna de fogo mágica para resistir à tentação de me ferir, influenciado pela voz.
Hermione foi espiar o que havia lá dentro, enquanto cuidei de levantar Aang com uma poção e esperavamos nosso destemido líder. A wingling nos disse que haviam pessoas vitimadas e muitos estranhos cristais e foi assim, preocupados mas sem temer que nos reagrupamos, nos preparamos e invadimos o local. Em pouco tempo, estavamos sendo atacados por anões e humanos controlados pelo horror, assim como pelo próprio, que estava contido dentro de uma grande coluna de cristal. Um a um eles nos derrubaram, restando apenas Portuss e Li'Ankh, que em suas derradeiras ações conseguiram ataques capazes de romper a carcaça de cristal e esmigalhar o cristal por completo.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Histórias que não queremos contar ou mais uma do Troll...
Eu podia iniciar mais essa narrativa contando como transcorreu maravilhosamente bem a semana que passamos em Krattas, como eu conclui meu treinamento e consegui ampliar o leque das minhas disciplinas. Podia contar como meus bravos e valorosos camaradas fizeram bom uso do equipamento que reunimos para ampliar seus talentos em combate. Mas mais uma vez, para infelicidade total dessa humilde trovadora que vos fala, eu terei de compartilhar uma falha grosseira e descabida de nosso brutamontes acéfalo particular.
Após distribuir as armaduras folha, a proteção de pedra de sangue, o escudo de cristal e o cristal para arqueiros entre o grupo, fomos mais uma vez acompanhar o anão Danhill na proteção de uma caravana com a benção de Velior, meu iluminado orientador. Apenas Ônix optou por ficar e terminar seu treinamento nas artes místicas arcanas do além. Nosso objetivo era levar suprimentos a uma vila pequenina e de lá retornar, tudo consumindo pouco mais de dois dias. Uma missão simples, rápida, para deixar o Um Olho mais que orgulhoso.
Gostaria de dizer, como dizia o grande poeta Carlond Drummond: “tinha um troll no meio do caminho, no meio do caminho tinha um troll”, mas infelizmente nós que levamos o nosso problema na carroça. Tão subitamente quanto uma raposa furtiva, Massa´han Dubba saltou da carroça e atacou dois ursos indefesos que assistiam a passagem da caravana. À despeito de meus gritos suplicantes para que ele desistisse, o colosso de intelecto diminuto persistiu no ataque à mãe ursa que defendia seu filhote. Para meu total desalento, nosso destemido líder Francis Drake foi tentar resgatar o troll, enquanto a caravana seguiu avançando com minha concordância e a de Danhill.
Pouco havíamos avançado, quando o jovem Aang resolveu ir buscar os dois, uma vez que não retornavam, levando Portusss com ele. O garoto tinha boas intenções, além de certas ilusões quanto ao “tio Massa” (depois me contaram que a mamãe ursa havia vitimado nosso líder e nosso animal de estimação, cujas carcaças jaziam largadas no mato a espera dos abutres).
Foi assim, separados e despreparados que, obviamente, fomos pegos em uma emboscada. Salteadores derramaram sobre nós uma saraivada de flechas. Eram seis ao todo e não fossem as habilidades sem fim de Li´Ankh, a furtividade letal de Hermione e minhas flechas miraculosas, temo que não haveria história alguma a ser contada, ou ao menos quem a contasse. Pelo visto, tudo isso serviu para mostrar o verdadeiro bastião de competência dentro desse grupo, formado pela ala feminina. (Penso agora em comprar uma coleira com fucinheira para o troll, além de passar algumas tarefas domésticas para os rapazes...)
Infelizmente, o condutor da carroça foi ferido, assim como o anão Danhill e Hermione. Com o tempo que perdemos, nossos atrasados camaradas puderam nos alcançar após gastarem as poções de recuperação que havíamos comprado. Reagrupados, mas combalidos, conseguimos chegar à pequena vila de Daichê, onde as coisas conseguiram ainda causar alguma estranheza.
Na estalagem fomos informados sobre um toque de recolher imposto pelo prefeito anão Telarin, enquanto buscávamos curar nossos feridos. Eu ainda me atrevi a inspecionar as ruas, mas rapidamente fomos orientados a deixá-las e retornar aos nossos quartos pelos guardas locais.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Entreatos
Chegamos sãos e salvos a Kratas. Cumprimos nosso objetivos e entregamos aquelas pessoas que integravam a caravana a um ambiente civilizado. Depois de escutar os infindáveis agradecimentos do anão Danhill, que fez questão de nos entregar uma carta de agradecimentos, onde relatava como havia sido magistralmente salvo por nós, pudemos deixá-los.
Levei os campeões para reportarmos a Velior nosso sucesso. Ele ficou tão entusiasmado e satisfeito, que não só pagou nossas despesas como disponibilizou o treinamento necessário para que pudessemos trabalhar melhor para a guilda do Um Olho. Também perguntamos pela Drakka do Theeranos e contei sobre o ataque. Nossa intenção passou a ser rastrear esses porcos escravistas.
Na semana que passamos ali, presos ali pelo treinamento, Massa aproveitou todo o seu intelecto para se envolver numa rinha de lutas, a fim de lucrar algum dinheiro com seus músculos. Disse-me para apostar nossas parcas moedas de prata nele. Analisando o obsidman que iria enfrentá-lo e não tendo vivido tantos anos em Kratas a toa, resolvi dividir o dinheiro de modo a obter lucro qualquer que fosse o vencedor.
O colosso de pedra parecia indestrutível e abateu, um a um, todos os membros de nosso grupo batizado agora Caçadores de Drakkas, de acordo com os recentes episódios. O primeiro foi o troll, como de costume. A real surpresa foi a queda de nosso destemido líder Francis Drake, que sequer arranhou aquela montanha ambulante. Depois, foi a vez de Portusss. Até mesmo o menino Aang teve sua vez na trilha do insucesso. Nesse interím, capitalizei nossos recursos de 240 para 500 moedas de prata.
Tudo mudou quando nossa misteriosa, sexy e avassaladora batedora resolveu ingressar na arena. Não só Li'Ankh fez gato e sapato do pobre obsidiman, como nós conseguimos quebrar a banca da rinha, lucrando um bom dinheiro e itens deveras oportunos para nossas necessidades.
E aqui, durante meu treinamento, eu canto essas palavras. E assim não acabará, se é que pode haver uma verdade para as coisas...
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Propostas indecentes, navios voadores e uma fonte de inspiração...
As trombetas soaram.. mas os inimigos que pareciam avançar sobre nós, a bem da verdade, fugiam aterrorizados ante nosso poder. É costume dos grandes felinos espantar os ratos. De qualquer forma, apaziguamos o medo dos corações dos pobres sobreviventes da caravana. Estavam em frangalhos, mas mesmo assim, com meu canto consegui inspirar suas exauridas vontades a perseverar ante as adversidades, a cavalaria havia chegado. Eles nos informaram do que era preciso para por a caravana novamente de pé e em movimento. Conversamos principalmente com um anão chamado Danhill Malfar, que tinha ares de um grande negociador, muito embora fosse um tanto apressado e dado a frases no imperativo. Comemos, descansamos, realizamos turnos e nos aprimoramos espiritual e mentalmente, enquanto os que podiam trabalhavam nos consertos. Contei a eles nossos árduos percalços para ali chegar e isso os fez ter força contra fadiga. Pela manhã, já finalmente conseguira mimetizar as vozes alheias.
Quando já estavamos todos de pé, Danhil informou que o serviço ainda tomaria mais um dia e que se fosse de nosso itneresse, ele sabia de uma maneira de ganhar dinheiro. Acreditam? Cercados, frágeis e ameaçados que estavamos e a cobiça do anão apenas pensava em vil metal. Como bem cantava a poetiza élfica, Elisiela Reginaiel "minha dor é perceber, que apesar de termos feito tudo, tudo, tuuuuudo que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos ancestrais..". Todos sabem que em qualquer boa lenda, a cobiça dos anões os leva ao estômagos de dragões ou pior. Bem, mas estou divagando.. pois bem, Apesar de minha oposição à missão tão leviana, após a inspeção hábil de Li´Ankh, todos acharam melhor aceitar em troca de 4 poções mágicas de cura. Teríamos de caçar Mantis Negros, alguma espécie de inseto superdesenvolvido tocado por horrores.. não só caçá-los mas coletar dois ovos. (Com exceção da elfa que vos fala, todos talvez por algum instinto primitivo sado-masoquista queriam ser feridos por criaturas que teriam de ferir, para dar dinheiro ao anão, que em troac apenas os curaria pela tarefa.. mas como disse, fui voto vencido).
Resolvemos ir, nos organizamos e buscamos averiguar o que podiamos: Aang Liah conversou com um espírito da natureza, que nos orientou até um veio de água próximo, a oeste dali, que nos conduziria até uma lagoa. Passamos a avançar em formação de diamante, de acordo com as orientações do troll, tendo o T´skrang mais próximo da água, por sua natural afinidade com este elemento. (Curiosamente, durante as conversações, o garoto nos contou ser filho de um poderosíssimo mago de outrora).
A lagoa era indescritivelmente bela. Cheguei a compor uma pequenina ode a tal formosura, que pretendo apresentar a meus amigos logo em breve. (Começa assim.. Eu conheço bem a fonte, que desce daquele monte.. ainda que seja de noite... nessa fonte tá escondida, o segredo dessa vida.. ainda que seja de noite...). A região que o cercava, no entanto, era um pouco pantanosa e para vencer tais dificuldade, estimulei a todos com a narrativa de como Frodok, um famoso anão, vencera o pântano mais terrível de Barsaive, apenas acompanhado de seu amigo Samk. A humana usou mais uma vez de suas incríveis habilidades para nos camuflar com a lama local. Realmente, impressionante. Avistamos um braço da lagoa onde poderiam estar os Mantis.
Quando lá chegamos, eles emergiram da água nos atacando. Li´Ankh caiu sobre eles com furia impar, mas o exoesqueleto das mnstruosidades parecia impenetrável. O primeiro deles resistira a todos os golpes além do Li´Ankh, até que Massa´han´Duba o vitimou fazendo bom uso de toda sua força. Foi ônix que nos alertou dos dois que vinham atrás e soltou sua magia sobre eles. Drake, nosso destemido líder, desferiu o golpe, tenho certeza, mais preciso e mortal de todos os tempos, pois até mesmo o tempo pareceu parar, cortando as antenas do inseto colossal, deixando-o totalmente desorientado. A magia de Ônix esmagou o cérebro de inseto da besta e mesmo assim ela atacava às cegas. Ele conseguiu agarrar o T´skrang de forma sangrenta, capturando-o com suas garras. Foi preciso minha intervenção, com uma flecha guiada pelo destino para acertar o olho da mantis e explodir sua cabeça, só assim libertando Portusss.
Faltava a última besta e esta conseguiu vitimar em uma investida Portusss e lançar Drake ao chão. Mesmo tombado como um humano tomando sol na praia, nosso intrépido comandante lesionou a criatura, abrindo espaço para o ataque surpresa e fatal de Hermione. Li´Ankh deu o golpe de misericórdia. Foi assim, mesmo feridos e exauridos, que encontramos três ovos do ser tocado pelos inomináveis.
Conseguimos retornar mesmo aos frangalhos. Negociamos com o anão ganancioso e acabamos por ficar com um dos ovos. Colocamos a caravana pra andar, afinal já dizia o poeta Renaetos Teixeretos.. "amanheceu, peguei a viola, botei na sacola e fui viajar...". Mas bastou 1 dia para a confusão nos encontrar. Li´Ankh percebeu algo á frente quando estavamos próximos da floresta onde achamos Aang. O garoto usou de sua magia para nos deixar mais resistentes aos ataques, quando nossos olhos mal puderam acreditar no que viam. Uma Drakka de Theran. Para os leigos, um navio voador de um terra tirânica e vil. Nos refugiamos na floresta, mas eles investiram contra nós. Primeiro vieram um humano e um.. um.. um elfo... . Hermione derrubou o elfo usando de seu ataque surpresa, enquanto Li´Ankh que escondera as pessoas da carava consigo, derrubou o humano a pedradas. Foi então que caíram sobre nós 4 massivos trolls, estes seres grandes e bestiais, mas despreparados como sempre. Nosso troll derrubou o primeiro ao chão e eu o vitimei. Portuss aproveitou para tirar a vida do humano. Mesmo assim, os outros derrubaram nosso troll e foram necessários todos os nossos talentos para derrubar os outros dois. Seguiu-se uma chuva de flechas que não só nos feriu como permitiu a eles partirem. Recolhemos tudo que podiamos dos buchas de canhão do therianos.
E aqui, no fim de nossa jornada, eu canto essas palavras. E assim não acabará, se é que pode haver uma verdade para as coisas...
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Mistérios vindos do gelo ou procura-se um cérebro pro troll...
Ali na entrada, esperamos Li-Ankh fazer uma pequena exploração para certificar-se que era seguro. Ela fez uso de algum curioso unguento, que pareceu deixá-la invisível. Descemos, então, por um túnel estreito e ingreme. Seguiamos em fila indiana, dispostos do modo que Massaranduba achava taticamente mais favorável. O caminho era difícil, Ônix tinha dificuldade em avançar em silêncio e nada nos parecia favorável. Não podiamos desistir. A vida de Hermione dependia de nós.
Após o corredor alargar-se, chegamos à uma bifurcação, onde continuamos seguindo os rastros mais frescos. Isso nos levou a uma caverna, onde a tragédia realmente começou. E não porquê o mago Ônix anunciou aos nossos pobres ouvidos que haviam máculas horríveis na energia do lugar. Antes fosse "apenas" isso...
Massaranduba, ao contrário das intenções cautelosas e táticas que manifestara até então, começou a urrar como um animal selvagem e golpear seu escudo. O barulho atraiu dezenas de inimigos como os que tinhamos combatido antes, sedentos do nosso sangue e carregando a mácula dos inomináveis. Tentamos fazer o troll parar, Portusss o agarrou e eu tentei dissuadir os que chegavam, mas eles eram muitos. Nem mesmo minha voz celestial os fez parar. Sem vislumbrar solução para a carnificina vindoura, optei por usar meus poderes para me disfarçar como um dos inimigos. Eles passaram por mim e Li'Ankh, que uma vez mais havia desaparecido. Meus camaradas recuaram até a parte estreita do túnel, onde o acéfalo troll (perdoem minha redundância) postou-se como uma muralha para combater os inimigos um a um. Os inimigos cairam sobre eles como um tsunami.
Eu acreditei que Li'Ankh avançaria e fiz o mesmo. Nos encontramos mais à frente, ainda a tempo de ver nossos colegas serem cercados pelo outro lado no túnel. Li'Ankh se reuniu a mim e avanços até uma nova divisão dos caminhos. Acabamos por adentrar um caminho de onde vinha uma estranha brisa fria. O lugar era tão gélido, que foi necessário que a versátil humana fizesse um estranho ritual com o gelo para nos proteger do congelamento. Mais surpreso ainda fiquei ao ver o aposento onde haviam pessoas.. isso mesmo.. pessoas aprisionadas em grandes pilares de gelo. Vencemos a surpresa para encontrar Hermione, pois cada segundo era deveras precioso. Conseguimos libertá-la apenas com a soma de todos os nossos esforços. Ela estava combalida, mas viva. Antes de partir, iniciamos um pequeno incêndio com todo o nosso óleo e acabamos por conseguir libertar mais um. Um estranho rapaz humano, coberto de curiosas tatuagens. Partimos carregando ambos antes que os inimigos nos encontrassem. A exploradora humana mais uma vez usou de seus fantásticos talentos para nos camuflar e facilitar a saída. Louvadas sejam todas as paixões, pois conseguimos não só sair com vida como nos reunir com nossos camaradas, que haviam escapado e chegado até o ponto onde deixamos cavalos e carroça.
Cuidamos dos feridos e interrogamos o homem do gelo: Aang Liah é seu nome. Um humano elementarista um tanto perturbado e estranho, se me permite a redundância mais uma vez. Ele e Li-Ankh tiveram uma longa conversa na língua primitiva dos humanos. Infelizmente, não dispunhamos de tempo e logo seguimos viagem. Nossa guia achou melhor retornarmos e deixarmos a floresta e assim fizemos.
Os que precisavam recuperaram-se durante a viagem, pois seguimos sem interrupção, mesmo que eu e a humana estivessemos nos limites de nossas forças. Finalmente, chegamos e lá estava, a pobre caravana, sitiada por orcs montados em bestas da tundra. Os bárbaros atacavam como um gato que se diverte com um inseto. Viamos cerca de 10 dos inimigos. Tomamos posições mantendo a bestialidade do troll sob controle e nos pusemos a atacar de maneira coordenada. Hermione vitimou o primeiro com um flechada surpresa, eu feri o segundo com meu arco e Ônix pulverizou o terceiro com seus dardos mentais. Aang conjurou um dardos de terra e feriu outro. Alguns chegaram em carga sobre nós, mas o paredão formado pelo troll, Drake, Portusss e Li'Ankh nos manteve à salvo. Um por um, os orcs tomabaram, enquanto as bestas fugiam assustadas (não me refiro ao troll nesse caso).
E agora nesse último momento eu canto essas palavras, pois soou uma trombeta sinistra e desafinada e uma horda cavalga contra nós...
E assim acabará? Se é que pode haver uma verdade para as coisas...
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
E a aventura começa ou nada é tão bom quanto parece...
Após Drake, Hermione e eu cuidarmos de nossos camaradas e recolhermos os pertences dos salteadores, nos dirigimos à comunidade que era constantemente vitimada por tais meliantes. Fazendo uso de minha melodiosa voz, pude colocar-me em contato com o âmago daquela gente sofrida, que já não acreditava mais numa justiça possível. Enquanto isso, Drake negociu com um simpático e elegante comerciante élfico local a aquisição de uma poção de cura, para evitarmos novas surpresas desagradáveis no futuro.
Sendo assim, mesmo mitigados e combalidos perseveramos em prol da salvação da caravana. Deixamos a estrada no intuito de abreviarmos nosso deslocamento, mas acabamos por dar de encontro com a Floresta Pitton Farias. Sem opção, nos embrenhamos cada vez mais em seu âmago sombrio. Avançamos até a força sucumbir em nossas pernas e pararmos para acampar. Dividimo-nos em três turnos feitos por duplas: eu e Massaranduba; Drake e Hermione; Ônix e Portusss. Durante meu turno, cuidei de relatar-lhes a epopéia que tecia para narrar futuramente nas cortes do mundo. Mas foi depois que me recolhi, que os problemas se anunciaram.
Uma vez mais, acabamos sendo atacados. Dessa vez, por arqueiros humanos muito bem posicionados nos galhos das árvores durante o segundo turno. Nos pusemos de pé tão logo pudemos e eles não tardaram em derrubar Massaranduba (cuja credibilidade comigo está tão abalada quanto sua constituição física) e ferir Ônix. Para manter nosso mago de pé, postei-me diante dele, servindo de escudo vivo, enquanto disparava minhas setas certeiras. Portusss também tombou, quando nosso obsidiman, finalmente, conseguiu derrubar um deles. Eu derrubei mais um e Drake um terceiro. Dois dos corpos, no entanto, sumiram como que por encanto. Foi quando demos pela falta de Hermione.
Aturdidos e agora divididos entre a urgência de completar a missão e o dever para com uma camarada, lembrei-me das sábias palavras de um rei de outrora chamado Aragornelie "nós que permanecemos, não podemos abandonar nossos companheiros enquanto tivermos forças". Assim, optamos por buscá-la sem cessar.
Acabamos pois, por encontrar uma humana de estranha etnia, jamais vista pelos meus estudados olhos, de nome Li-Ankh. Ela era tão bela, quanto misteriosa e issso sempre rende boas histórias. Convidada a nos acompanhar, ela nos guiou por um terreno acidentado até termos de deixar cavalos e carroça. Seguia-mos, de acordo com ela, os rastros de 4 dos meliantes. E estes nos levaram até a entrada rochosa de uma soturna caverna, diante da qual gravo essa história...
E assim acabou, se pode haver uma verdade para as coisas...
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Dia 1 ou Sobre encontros e confusões...
Era mais um dia de trabalho na boa e velha cidade de Kratas a serviço de minha guilda. Deixei minhas modestas acomodações na não muito gloriosa estalagem Anão Imberbe, finalmente ganhando as ruas ao som de minha adocicada flauta transversal, ao mesmo tempo que observava a multidão típica e rotineira da cidade. Em outros tempos, eu praguejaria para alguma Paixão sobre essa triste sina de peneirar talento nos desertos da mesmice, mas não nesse dia. Hoje, eu tinha uma nobre missão. Talvez a mais nobre já depositada nessa simples elfa que vos fala, desde que resolvi deixar as teorias do mundo em busca de suas práticas. Finalmente, uma aventura capaz de engendrar epopéias dignas de Homeroleliel, o grande aedo do começo dos tempos. Cansada de uma vida de livros e poeira nas profundezas da terra, resolvi pois, por meus talentos à serviço da guilda do Um Olho e eis que, enfim, vislumbrei uma possibilidade.
Ali pela periferia, em um terreno baldio normalmente usado por crianças em suas brincadeiras com bolas, dois indivíduos batalhavam de maneira exdrúxula o suficiente para serem ignorados por todos. Mas não por esse belo par de olhos aqui. Um troll de grande porte e aparência muito pouco amistosa (o que devo assinalar, não deve ser encarado como alguma forma de preconceito contra essa raça) surrava sem qualquer traço de piedade um humano mal vestido e com cara de vagabundo, como é típico dos humanos. Resolvi, então, fazer uso de minha melodiosa voz e de minha viola divinal para inflamar o combate. Eis que, subitamente, o célere e destemido guerreiro humano, com um único ataque, levou o terrível e sanguinolento troll à lona.
Sem mais me conter, levei a eles minhas doces palavras no sentido de mostrar-lhes um destino de glórias lendárias. O humano era mais racional e atendia pela alcunha de Francis Drake. Dizia-se um pirata, muito embora a ausência de um navio e o tipo de serviço que prestava o classificassem muito mais como um marujo. O troll vociferava bastante e só consentiu em me acompanhar graças aos apelos de Drake, pois na verdade ambos eram amigos e a luta não passava de algum tipo de estranha diversão para ambos. Ele chamava-se Massaranduba, certamente o mais estranho nome troll de que já tomei conhecimento desde Weyclerson Dheynne, um acadêmico troll de pouco sucesso.
Acompanhada de meus novos camaradas, rumei para a taverna 5a Feira Negra, meu destino inicial, onde já pretendia contratar um espadachim T'skrang, que observava a alguns dias. Além de possui bastante talento, a vida boêmia e desregrada dele parecia o tempero necessário ao nosso sucesso, Após rápidas palavras que convenceram Portusss, tivemos um súbito contratempo com um meliante anão. Como é próprio dessa raça baixa (mais uma vez, sem qualquer tipo de preconceito embutido ao adjetivo), o serzinho objetivava nos livrar de nossos pertences. Graças à intervenção magnifica de um obsidiman mago chamado Onix e de uma graciosa wingling chamada Hermione, a questão não nos deteve mais do que o tempo necessário para punir o criminoso. Aproveitei o ensejo para acrescer ambos à nossa destemida trupe, fazendo uso de um belo poema:
O amanhã nos levará
Para longe de casa
E ninguém saberá nossos nomes
Mas as canções ficarão
O amanhã levará
O medo de hoje
Que será desfeito
Pela força mágica de nossas canções
Há uma única música
Que resta em minha mente
Contos de um destemido homem
Que vivia longe daqui
Mas agora a música finda
E é tempo de partir
Ninguém quer saber o nome
Daquele
Que conta a história
Mas os que nela estão
Vivem pra sempre...
Levei todos ao encontro de Velion, meu superior imediato, elfo de inquestionável talento, imensurável charme e perfumadas cartas. Ele avisou-nos que nossa missão seria salvar uma carava sitiada por orcs terríveis, malditos e nefastos (reitero a total ausência de preconceitos nas idéias aqui expressas).
No caminho de nossa grandiosa empreitada, fomos atacados por vis salteadores, que buscavam nos cobrar um pedágio por nossa passagem. Vinham à frente deles dois trolls, mas constituiam-se ainda de mais dois humanos, um anão e.. (terror dos terrores..) um elfo. A batalha foi sangrenta. Portusss salvou minha vida da mão cruel de um dos humanos, enquanto Drake derrubou o anão sem titubear. Minha flecha mordaz cegou um dos trolls, mas a besta seguia de pé. Massaranduba foi sangrentamente ferido, mas não arrefeceu e firme como um colosso, entregou-se de corpo e alma à luta.
Fiel à glória reservada à minha destemida trupe, desferi nova flecha, dessa vez em ponto mortal, fazendo tombar o troll. Levavamos a melhor, mas a situação seguia tensa e cheia de suspense.
Por fim, conseguimos derrubar todos os nêmesis quando já restavam de pé apenas Drake, Hermione e eu. O último a cair foi o elfo, perseguido pela lâmina de Drake e por minha flauta, enquanto Hermione cuidava de levantar nossos camaradas feridos. Vimos ser o esse o melhor momento para o repouso e estamos anciosos pelo que o amanhã nos reserva...