terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
O Horror de Daichê...
Nos recolhemos e ocupamos dois quartos da estalagem de Daichê, aguardando para retornar com a caravana de Dunhill no dia seguinte. Eu despertei com batidas na porta e quando fui verificar, ainda sonolenta e de camisola, deparei-me com nosso destemido lider Francis Drake. Ele ficou um pouco ruborizado, mas disse-me que o menino Aang alegava estar escutando uma estranha voz. Enquanto isso, o danado do garoto desaparecera. Fui alertar Hermione e Li'Ankh e Drake seguiu em busca do jovem humano.
Quando finalmente chegamos lá embaixo, nós três encontramos Drake sendo levado por três guardas locais de maneira imperativa. Usei todos os meus talentos comunicativos, mas aparentemente os rapazes gostavam muito pouco da fruta e se mantiveram irredutíveis agarrados ao corpo másculo de nosso líder. Ele foi conduzido até a base da guarda, enquanto nós fomos compelidas a ficar. Esperamos apenas o tempo suficiente para sair furtivamente em segurança atrás deles, fazendo uso dos infindáveis talentos da humana. Isso e nenhum sinal do guri. Ao menos o troll continuava dormindo.
Quando chegamos à fortaleza onde Drake estava aprisionado, este já se encontrava liberto. Havia vencido seus captores e atribuia todo esse sucesso a uma voz que lhe oferecia poderes tremendos. Sem titubear, logo vi que não poderia ser algo bom. Meus vastos conhecimentos historiográficos, legendários, mitológicos, heráldricos e afins logo perceberam se tratar das artimanhas de algum mal terrível, inominável, malévolo, maligno do mal... um Horror. Embora meus camaradas não tivessem tanta certeza quanto eu, os convenci a retornarmos e procurar o menino, que provavelmente estava sob a influência dessa malignidade pura. (esperando ao menos não encontrá-lo novamente dentro de uma coluna de gelo).
Acabamos por encontrar o Massa caído sozinho no meio do caminho bastante ferido, o que não chagava a ser uma surpresa. Portusss e Drake uniram suas forças para arrastar a carcaça imensa, enquanto a mulherada superpoderosa seguiu em frente. Achamos Aang prestes a invadir uma casa que ele fustigara com magia. Eu usei de toda a minha lábia para trazê-lo de volta à razão, mas o elementarista precisou vitimar-se com uma coluna de fogo mágica para resistir à tentação de me ferir, influenciado pela voz.
Hermione foi espiar o que havia lá dentro, enquanto cuidei de levantar Aang com uma poção e esperavamos nosso destemido líder. A wingling nos disse que haviam pessoas vitimadas e muitos estranhos cristais e foi assim, preocupados mas sem temer que nos reagrupamos, nos preparamos e invadimos o local. Em pouco tempo, estavamos sendo atacados por anões e humanos controlados pelo horror, assim como pelo próprio, que estava contido dentro de uma grande coluna de cristal. Um a um eles nos derrubaram, restando apenas Portuss e Li'Ankh, que em suas derradeiras ações conseguiram ataques capazes de romper a carcaça de cristal e esmigalhar o cristal por completo.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Histórias que não queremos contar ou mais uma do Troll...
Eu podia iniciar mais essa narrativa contando como transcorreu maravilhosamente bem a semana que passamos em Krattas, como eu conclui meu treinamento e consegui ampliar o leque das minhas disciplinas. Podia contar como meus bravos e valorosos camaradas fizeram bom uso do equipamento que reunimos para ampliar seus talentos em combate. Mas mais uma vez, para infelicidade total dessa humilde trovadora que vos fala, eu terei de compartilhar uma falha grosseira e descabida de nosso brutamontes acéfalo particular.
Após distribuir as armaduras folha, a proteção de pedra de sangue, o escudo de cristal e o cristal para arqueiros entre o grupo, fomos mais uma vez acompanhar o anão Danhill na proteção de uma caravana com a benção de Velior, meu iluminado orientador. Apenas Ônix optou por ficar e terminar seu treinamento nas artes místicas arcanas do além. Nosso objetivo era levar suprimentos a uma vila pequenina e de lá retornar, tudo consumindo pouco mais de dois dias. Uma missão simples, rápida, para deixar o Um Olho mais que orgulhoso.
Gostaria de dizer, como dizia o grande poeta Carlond Drummond: “tinha um troll no meio do caminho, no meio do caminho tinha um troll”, mas infelizmente nós que levamos o nosso problema na carroça. Tão subitamente quanto uma raposa furtiva, Massa´han Dubba saltou da carroça e atacou dois ursos indefesos que assistiam a passagem da caravana. À despeito de meus gritos suplicantes para que ele desistisse, o colosso de intelecto diminuto persistiu no ataque à mãe ursa que defendia seu filhote. Para meu total desalento, nosso destemido líder Francis Drake foi tentar resgatar o troll, enquanto a caravana seguiu avançando com minha concordância e a de Danhill.
Pouco havíamos avançado, quando o jovem Aang resolveu ir buscar os dois, uma vez que não retornavam, levando Portusss com ele. O garoto tinha boas intenções, além de certas ilusões quanto ao “tio Massa” (depois me contaram que a mamãe ursa havia vitimado nosso líder e nosso animal de estimação, cujas carcaças jaziam largadas no mato a espera dos abutres).
Foi assim, separados e despreparados que, obviamente, fomos pegos em uma emboscada. Salteadores derramaram sobre nós uma saraivada de flechas. Eram seis ao todo e não fossem as habilidades sem fim de Li´Ankh, a furtividade letal de Hermione e minhas flechas miraculosas, temo que não haveria história alguma a ser contada, ou ao menos quem a contasse. Pelo visto, tudo isso serviu para mostrar o verdadeiro bastião de competência dentro desse grupo, formado pela ala feminina. (Penso agora em comprar uma coleira com fucinheira para o troll, além de passar algumas tarefas domésticas para os rapazes...)
Infelizmente, o condutor da carroça foi ferido, assim como o anão Danhill e Hermione. Com o tempo que perdemos, nossos atrasados camaradas puderam nos alcançar após gastarem as poções de recuperação que havíamos comprado. Reagrupados, mas combalidos, conseguimos chegar à pequena vila de Daichê, onde as coisas conseguiram ainda causar alguma estranheza.
Na estalagem fomos informados sobre um toque de recolher imposto pelo prefeito anão Telarin, enquanto buscávamos curar nossos feridos. Eu ainda me atrevi a inspecionar as ruas, mas rapidamente fomos orientados a deixá-las e retornar aos nossos quartos pelos guardas locais.